Fauna Amazônica: vou ver animais na minha viagem?

No Brasil, temos uma das faunas mais ricas do mundo e a Amazônia é uma das principais responsáveis por essa diversidade. Plantas “diferentonas” e animais exóticos estão por todos os cantos da floresta. É o verdadeiro paraíso para biólogos e amantes da natureza selvagem, mas também é motivo de medo para muita gente.

Fato ou mito?

Os filmes e vídeos na internet criaram um cenário de terror no imaginário popular. Alguns acreditam que vão ver onças espreitando turistas pelas trilhas, sucuris que engolem pessoas saltando do nada, piranhas assassinas por toda parte, aranhas gigantes, jacarés famintos. E para decepção dos cinéfilos, é preciso certo esforço para encontrar esses animais.

Mosquitos

A verdade é que um dos maiores “vilões” da Amazônia não tem glamour: é o mosquito. Insetos são os bichinhos que mais encontramos na floresta. Mesmo assim, estão bem menos presentes do que o esperado em um ambiente de selva e há uma razão para isso.

A Caboclos, hotel de selva na Floresta Amazônica, está localizada no Rio Negro, cujas águas são mais ácidas que as do Solimões. A acidez natural desse rio produz sua cor escura e também impede a reprodução dos mosquitos. Mesmo assim, para evitar qualquer incômodo, leve um bom repelente, principalmente quando for fazer trilhas.

Aranhas, cobras e outros animais peçonhentos

Cobras, escorpiões e aranhas têm seus admiradores e talvez você esteja no time que quer encontrá-los, mas a maioria prefere distância dessas belezinhas. Há sim grandes chances de avistá-los durante as trilhas, afinal estão em seu habitat natural, porém não há motivo para pânico.

Muitas vezes estão só de passagem e vão fugir de você assim que possível. Respeite-os, deixe que passem e siga seu caminho. Não tente assustá-los ou algo do tipo porque isso pode provocar acidentes. Caso precise de qualquer ajuda, é só comunicar nossa equipe, que estará pronta para te servir.

Como evitar encontros indesejados

Os quartos da Caboclos são limpos com frequência, assim como a roupa de cama e banho. Ainda assim, antes de dormir, recomendamos afastar a cama das paredes e verificar se não tem nenhuma visitinha nos lençóis – afinal, estamos no meio da Floresta Amazônica. Evite deixar malas abertas no chão e sempre olhe dentro dos tênis e botas antes de vestir, especialmente em dias de chuva.

Nas trilhas, blusas de manga longa, calças e sapatos fechados ajudam a proteger dos mosquitos e também do contato com galhos, espinhos e pequenos animais, evitando arranhões e picadas. Na pousada, as janelas são protegidas com telas para impedir a entrada de insetos e, caso você esqueça seu repelente, pode adquirir um natural produzido pela Sueula, empreendedora no Cheiro da Floresta.

Quero mais é ver muita fauna!

Se você viajou até a maior floresta do mundo, é bem possível que você queira mesmo é ver o máximo de animais possível. Os mais comuns são aves e peixes de diversas espécies, macacos, jacarés e os amados botos cor-de-rosa.

Alguns passeios são específicos para avistar os botos, jacarés e piranhas. Encontrar esses animais em seu habitat natural é uma experiência inesquecível. Com mais sorte, é possível avistar capivaras e outros roedores, tatus, tamanduás, e quem sabe até bichos preguiça.

No período de cheia, animais maiores tendem a se afastar dos humanos, pois a floresta está inundada e os bichos podem circular livremente pelo interior das matas. Já nos períodos de seca, eles precisam se expor para beber água e o acesso às trilhas facilita esses encontros.

E se eu fosse você salvaria todas essas dicas para já começar a planejar sua visita à Caboclos.

Lívia Miranda

Sou jornalista com hiperfoco em viagens, idiomas e hábitos de outros povos. Viciada em mapas desde criancinha. Sou natural de Rondônia e cresci comendo tambaqui de banda, sorvete de açaí e bombom de cupuaçu. Recentemente descobri que sou autista e TDAH, pois é, os dois, e hoje escrevo sobre autismo e viagens no Instagram (@liviaturistea).