Amazônia Legal, Unidades de Conservação e Reservas: qual a diferença?

Quando se pensa no Amazonas, se pensa automaticamente na Floresta Amazônica.  A floresta, que se faz presente nos 62 municípios, é o principal cartão postal do estado. Mas, apesar de ser o principal destino para quem quer viver a Amazônia, não é o único. O maior bioma do Brasil ocupa um território de quase cinco mil quilômetros, correspondendo a cerca de 50% do país. Dentro dele, há unidades de conservação, reservas protegidas e sustentáveis, além da extensa cultura ribeirinha.

A Amazônia Legal é só a Floresta Amazônica?

Para promover o desenvolvimento social e econômico dos muitos estados que abrigam a floresta, foi criado pelo governo brasileiro, nos anos 50, o conceito de Amazônia Legal. A região é composta pelos estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão.

Além da Floresta Amazônica, a Amazônia Legal engloba 37% do bioma Cerrado, 40% do bioma Pantanal e pequenos trechos de formações vegetais variadas. Por abranger três biomas, a Amazônia Legal é casa de 40 mil diferentes espécies de plantas, mais de 300 espécies de mamíferos, 1,3 mil espécies de aves, a maior bacia hidrográfica do mundo e uma imensa reserva de madeira.

Porém, apesar de sua imensidão, ou talvez por causa dela, a Floresta é muito vulnerável, tanto às ações naturais como às do ser humano. Por conta disso, 43% do território do Amazônia Legal são ocupados por áreas de proteção, conhecidas como Unidades de Conservação (UC).

Amazônia Legal

Unidades de conservação

As UCs têm o objetivo de proteger e conservar a riqueza biológica de porções significativas das diferentes populações, ecossistemas e habitats do território brasileiro. Além disso, as UCs proporcionam às comunidades tradicionais o uso sustentável dos recursos naturais e o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis.

Existem dois tipos de Unidades de Conservação, as de proteção integral e as de uso sustentável. As de proteção integral não podem ser habitadas pelo homem, e o uso dos seus recursos pode ser feito apenas indiretamente, em atividades como pesquisa científica e turismo ecológico.

UCs de uso sustentável

As de uso sustentável permitem a presença de moradores e tem como objetivo unir a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos naturais. Dentro deste grupo, existem sete tipos de UCs de uso sustentável, sendo uma delas as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS).

RDS Rio Negro

Reservas de Desenvolvimento Sustentável

As RDS têm “como objetivo básico preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida das populações tradicionais.” (WWF)

Então, resumindo, a Amazônia Legal é composta por três biomas brasileiros, a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. Dentro desses biomas, temos as Unidades de Conservação, que se dividem em Reservas de Desenvolvimento Sustentável. 

Unidade de Conservação

RDS Rio Negro

Trazendo para um contexto regional, a RDS Rio Negro, casa da Caboclos House Ecolodge e situada entre os municípios de Manacapuru e Iranduba e Novo Airão, valoriza, conserva e aperfeiçoa o saber ancestral e as técnicas de manejo do meio ambiente, desenvolvido pela comunidade ribeirinha amazonense.

A RDS Rio Negro tem uma área de 102.978,83 mil hectares e é habitada principalmente por pequenos agricultores e empreendedores, sendo estimado em torno de 600 famílias (ISA, 2009).

Cercados pelo Lago do Acajatuba, afluente do Rio Negro, as famílias das comunidades que compõem a RDS trabalham e vivem da natureza preservada por eles por meio da criação de artesanato, produção de doces amazônicos, venda de açaí e castanha, oficinas de cosméticos naturais e medicina da floresta, aulas de Carimbó, casa de farinha, observação de botos… Atividades que proporcionam uma troca entre quem chega de fora e quem vive a Amazônia diariamente.

É esse intercâmbio de conhecimento e cultura que assegura as melhorias na qualidade de vida dos ribeirinhos que acreditam no poder da floresta. Ribeirinhos como a Nilde, dona e fundadora da Caboclos, que por causa do seu desejo de mostrar a sua história, tradição e cultura, começou a Caboclos House Ecolodge na RDS Rio Negro. Unindo empreendedorismo e preservação, Nilde construiu seu negócio respeitando a natureza e seus limites.

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